Tipos de Cornetas Medievales: Instrumentos de viento en la Edad Media

Tipos de cornetas medievais: os instrumentos de sopro na Idade Média

Mergulhe no fascinante mundo das cornetas medievais, instrumentos de sopro essenciais para a música sacra, militar e da corte na Idade Média europeia.
Aprenda sobre as suas variações — a corneta curva, reta, serpentina e de zinco — o seu timbre único, um cruzamento entre a voz humana e o oboé, e o simbolismo de poder e devoção que os tornou emblemas sonoros de catedrais e campos de batalha.

Aqui encontrará um guia ideal para músicos históricos, reconstituidores e amantes da história musical medieval, com os seus tipos mais notáveis.

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As cornetas medievais representam um dos capítulos mais evocativos da organologia europeia. O seu timbre inconfundível — mais próximo da voz humana do que da trombeta moderna — e a sua presença simultânea em igrejas, exércitos e festividades da corte conferiam-lhes uma função transversal única, transformando estes aerofones de sopro num emblema sonoro de todo um período histórico.
Abaixo encontrará os seus tipos mais conhecidos e o seu papel dentro do tecido social da Idade Média.

 

Tipos de cornetas

Na Idade Média, as cornetas eram instrumentos de sopro de madeira, e não de latão como as cornetas modernas, embora pudessem ser vistas revestidas de couro.
O seu formato era cónico, com um tubo que se alargava gradualmente desde o bocal (que, ao contrário das trombetas, é mais profundo, resultando num som mais profundo e escuro) até ao sino.
O seu som era também muito particular, frequentemente descrito como semelhante ao de uma voz humana ou de um oboé, podendo ser tanto potente como suave.

Entre eles, existiam principalmente dois tipos:

- Corneta curva (Cornetto)

Ilustração de um Cornetto

Este é o instrumento mais conhecido e caracteriza-se pelo seu formato curvo. Pode ser feito de madeira revestida de couro (geralmente preto, o que lhe dá o nome de "trompa preta") ou descoberto.

Tinham seis ou sete orifícios para os dedos, semelhantes aos de uma flauta de bisel, e um bocal geralmente feito de chifre ou marfim (ou mais tarde de metal, como nos instrumentos de sopro).

O seu som, descrito como "claro" e "doce", era apreciado na música religiosa e popular, acompanhando muitas vezes vozes ou instrumentos como o trombone.

- Corneta reta (corneta natural, corneta de banda militar, etc.)

Chifre reto

Inclui cornetas que não têm a curvatura característica do cornetto, assemelhando-se mais a um clarinete ou a uma trombeta, com um tubo recto ou ligeiramente curvo, feitas de madeira simples ou revestidas de couro ou, mais tarde, de metal, e normalmente com um bocal octogonal em forma de taça, cortado ao estilo da trombeta.

Eram usados ​​​​em contextos militares, cerimoniais e de marcha, frequentemente acompanhados por tambores. Eram também frequentemente utilizados na música sacra.

Não possuíam válvulas e diferentes notas eram produzidas através da técnica de embocadura.

Também houve:

- Chifre de Zinco

Chifre de zinco

Popular entre 1500 e 1650. Geralmente feito de madeira revestida a couro, tinha seis orifícios na frente e um atrás, permitindo tocar uma escala diatónica. Os dedos eram posicionados como numa flauta.

De forma curva, com um bocal geralmente esculpido no instrumento, podia produzir sons tão altos como os de uma trombeta ou suaves o suficiente para combinar com flautas.
O seu uso era popular em igrejas, tribunais e bandas populares, bem como na música de dança e na música doméstica.

Buzina

- Buzina

Impossível não referir um dos tipos mais simples e antigos de instrumentos de sopro, e que serviu de inspiração para o resto das cornetas. Trata-se de um corno oco, de animal, com a ponta perfurada para que se possa soprar através dele. Na maioria dos casos, os lábios são colocados diretamente na ponta.

Foram classificados de acordo com o seu tamanho e som em:

  • Cornetino: Um tipo mais pequeno de corneta curva, utilizada para notas mais agudas.
  • Corneta tenor: Um tipo de corneta curva, de tamanho intermédio entre a corneta e a corneta baixo.
  • Serpentón (Cornetim baixo): Uma versão grande e muito curva do cornetim, usado como baixo nos conjuntos.

Significado cultural e simbólico, usos e funções das cornetas medievais

As cornetas medievais desempenhavam vários papéis para além da esfera musical.
Nas cerimónias cívicas e religiosas, marcavam transições e momentos-chave, funcionando como instrumentos de anúncio e solenidade, e o seu timbre evocativo tornava-os ideais para representar a autoridade institucional, tanto na corte como nas ruas. Além disso, no contexto militar, a sua utilização era estratégica: transmitiam sinais codificados que orientavam os movimentos das tropas e estabeleciam a ordem nas formações.
Faziam também parte do protocolo de boas-vindas a figuras importantes, reforçando a estrutura hierárquica.
Durante as festividades, acrescentavam personalidade aos desfiles, às apresentações e às danças, integrando-se noutras formas de expressão coletiva.

A sua construção com materiais nobres conferia-lhes prestígio, e a sua associação com a cerimónia conferia-lhes um valor simbólico duradouro.
Assim, as cornetas contribuíram ativamente para moldar a paisagem sonora e o ritual da Idade Média, incorporando funções práticas e representativas no tecido cultural do período.

As cornetas como símbolo indissociável da Idade Média

Os cornetins medievais encapsulam a essência sonora da sua época: um instrumento suficientemente poderoso para orientar as formações militares e, ao mesmo tempo, suficientemente flexível para melhorar a polifonia litúrgica ou animar as celebrações urbanas.
A sua dupla dimensão técnica e simbólica explica a atenção que receberam por parte de reis, clérigos e cronistas, bem como a sua sobrevivência em tratados e repertórios posteriores. Estudá-los hoje permite-nos compreender melhor a sofisticação musical da Idade Média e o legado acústico que este mundo deixou à tradição instrumental europeia.

 

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