Os vikings cativam a imaginação dos historiadores e do público em geral há séculos, mas a sua imagem de guerreiros ferozes é apenas parte da sua sociedade complexa.
Abaixo, exploramos factos fascinantes sobre a sua vida, cultura e legado.
Sistema de escrita
Os vikings usavam um sistema de escrita chamado runas, conhecido por Futhark. Este consistia em símbolos gravados em pedra, madeira ou metal, utilizados para mensagens curtas, inscrições mágicas e comemorações.
As runas serviam não só como meio de comunicação, mas também como ferramenta de proteção ou ritual, refletindo a sua mistura de pragmatismo e crenças espirituais.
Meios de subsistência
Embora conhecidos como invasores, a maioria eram agricultores, pescadores e comerciantes.
A sua sociedade era altamente organizada, com papéis claramente definidos e um comércio internacional que ia da Rússia ao Mediterrâneo.
Além disso, criavam animais como cavalos, cães e gado, essenciais para a subsistência e transporte.
Cuidados pessoais e saúde
Ao contrário da imagem dos bárbaros, os vikings preocupavam-se com a higiene.
Usavam pentes, tesouras e óleos para o cabelo, mantendo-se limpos e arranjados.
Conheciam também as plantas medicinais e as práticas tradicionais para tratar feridas, fraturas e doenças comuns, o que demonstra um conhecimento surpreendentemente avançado de saúde para a época.
Comida
A sua dieta era variada e nutritiva, baseada na carne, peixe, produtos lácteos, pão e vegetais locais.
Conservavam os alimentos através da fumagem, fermentação e secagem, técnicas que lhes permitiam sobreviver aos invernos e manter reservas durante longas expedições.
Também recolhiam frutos e ervas silvestres, demonstrando um profundo conhecimento do ambiente natural.
Capacetes com chifres
O mito popular dos capacetes com chifres é falso. Nenhuma evidência arqueológica sugere que os vikings os utilizassem em batalha.
Os seus capacetes eram simples, feitos de metal ou couro reforçado, concebidos para uma proteção real, não ostentação.
A ideia dos cornos popularizou-se no século XIX, principalmente no teatro romântico e na ilustração.
Viagens oceânicas
Os vikings eram marinheiros excecionais, com navios como o drakkar, leves e rápidos, capazes de navegar rios e oceanos.
Usavam astrolábios, bússolas primitivas e conhecimento de estrelas e correntes para navegar em longas viagens.
Estas competências permitiram-lhes explorar a Islândia, a Gronelândia e a América do Norte, estabelecendo rotas comerciais e povoações temporárias.
Mulheres
As mulheres vikings tinham um grau de liberdade invulgar para a sua época.
Podiam herdar terras, divorciar-se e administrar propriedades.
Algumas eram exploradoras, sacerdotisas e líderes familiares, desempenhando papéis importantes na sociedade.
As sagas chegam a mencionar mulheres que participaram em expedições ou defenderam os seus lares, refletindo a sua influência e autonomia.
Influência cultural
O legado viking estende-se à literatura, arte e mitologia europeias. Os seus símbolos, histórias e técnicas de artesanato influenciaram as culturas vizinhas e as gerações posteriores.
As sagas islandesas, as runas e a iconografia nórdica continuam a ser referências culturais e educacionais em todo o mundo.
Na guerra
Em combate, os vikings eram estratégicos e organizados.
Usavam escudos redondos, espadas, machados e lanças, com técnicas como a formação de paredes de escudos.
Longe de serem simples invasores, planeavam ataques, emboscadas e rotas de fuga, combinando habilidade, força e conhecimento tático.
Diversidade genética
Estudos recentes de ADN mostram que os vikings eram uma população diversificada e móvel, com influências genéticas muito variadas.
Isto confirma que estavam constantemente a mudar-se, a negociar e a misturar-se com outras culturas, o que explica a ampla disseminação do seu legado.
Religião
A religião viking era politeísta, centrada em deuses como Odin, Thor e Freyja.
Realizavam sacrifícios rituais de animais e, por vezes, humanos, para garantir a proteção divina.
As suas crenças estavam profundamente ligadas à natureza, à guerra e à fertilidade, influenciando tanto a vida quotidiana como os rituais comunitários e pessoais.
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