El origen del machete: historia y evolución de una herramienta ancestral

A origem do machete: história e evolução de uma ferramenta antiga

Este artigo explora a origem e a evolução do machete ao longo da história.
Desde os seus antepassados, passando pelo seu aparecimento como derivado dos sabres europeus, até à atualidade, todos destacam o seu papel essencial na agricultura, defesa e sobrevivência, revelando-se uma ferramenta robusta e versátil.

O machete, longe de desaparecer, continua a ser um ícone funcional e cultural em muitos cantos do mundo.

A história do machete é antiga e está profundamente ligada à evolução das ferramentas de corte ao longo dos séculos.

A sua origem remonta à pré-história, quando os humanos começaram a fabricar ferramentas de corte. Embora estas primeiras versões não fossem "facões" no sentido moderno, representam o início de uma evolução que neles culminaria.

Ferramentas de pedra para cortar, golpear, limpar vegetação, caçar e até para rituais foram criadas pelos nossos antepassados ​​há mais de dois milhões de anos e, embora não fossem machetes no sentido mais estrito, muitas partilhavam características funcionais e estruturais semelhantes, pelo que são consideradas suas antepassadas, que constituíram a base para a consolidação da machete moderna.

Machado de mão Paleolítico

Machados de mão paleolíticos

O principal antecedente técnico do machete é o biface, uma ferramenta do período Paleolítico. Inferior, especialmente durante a cultura acheulense, desenvolvida pelo Homo erectus entre 1,7 milhões e 200.000 anos atrás.
Eram ferramentas de pedra esculpidas, de forma oval ou amendoada, afiadas de ambos os lados. Não tinham cabo, mas eram seguradas com a mão e permitiam cortar vegetação, bater em ossos e manipular animais.
O seu formato e utilização como ferramenta de corte direto são vistos como uma das raízes tecnológicas do machete.

Foram encontradas descobertas dos mesmos nos sítios de Olduvai (Tanzânia), Saint-Acheul (França) e Atapuerca (Espanha).

enxós neolíticas

Machados e enxós polidos do Neolítico

Por volta de 10.000 a.C., as técnicas de fabrico foram sendo refinadas, com o aparecimento das primeiras ferramentas polidas, esculpidas em pedras duras, como a jadeíte ou o dolerito, e por vezes montadas em cabos de madeira.
Surgem também enxós, com forma semelhante à de um facão: lâmina larga, direita ou ligeiramente curvada, e cabo fixo.
Os mais antigos, funcionalmente semelhantes aos machetes, com até 30 cm de comprimento, foram encontrados em sítios arqueológicos dos Alpes. Eram utilizados para limpar vegetação, derrubar árvores jovens ou como armas. O seu formato é mais próximo do facão moderno do que do facão biface, e o seu uso era comum em ambientes florestais, de selva e agrícolas.

Lâminas estilo machete

Os facões primitivos na Idade do Bronze e na Idade do Ferro

Durante este período, os facões primitivos surgiram a partir de espadas curtas e facas agrícolas.
Objectos semelhantes foram encontrados em escavações arqueológicas, particularmente em túmulos etruscos, gregos e romanos, onde aparecem lâminas largas, pesadas e cegas, que eram utilizadas para cortar vegetação densa ou para sacrifícios rituais.

Falcata Ibérica de Cor Bronze

Influência no período clássico

Ferramentas como a falcata ibérica, uma espada pesada e curva, partilhavam várias características com o machete.
A sua lâmina larga, capacidade de corte e peso frontal para golpear com força fazem dele um dos antepassados ​​técnicos mais diretos do machete.

Viking Machete, Condor

A consolidação do facão moderno na Idade Média

Durante o período medieval, ferramentas de corte semelhantes foram desenvolvidas por toda a Europa e, com a expansão colonial europeia, consolidou-se a forma básica do facão moderno.

Durante as explorações espanholas e portuguesas, os soldados e os colonos transportavam lâminas curtas e largas para abrir caminho na selva, especialmente nas Américas, África e Ásia. Estas lâminas adaptaram-se ao meio ambiente, dando origem ao machete colonial, com uma lâmina reta ou ligeiramente curva, entre os 40 e os 60 cm de comprimento.

Machado Machete
(Imagem do cabo do machete )

Uma ferramenta com história

A história do machete não começa com o ferro; as suas raízes estão nos machados bifaces acheulenses e nos machados neolíticos, ferramentas que os humanos desenvolveram para sobreviver e se adaptar ao meio ambiente.

Esta evolução técnica foi documentada em locais de África, Europa e Ásia, culminando, milhares de anos mais tarde, em ferramentas metálicas como o facão moderno.
Estas ferramentas não são apenas pioneiras na sua forma ou função, mas também na lógica da sua utilização: cortar, quebrar o solo e trabalhar a terra.

Os vários tipos de machetes modernos são, na sua essência, o culminar de uma necessidade humana ancestral. A sua evolução reflete a capacidade humana de transformar uma simples ferramenta num objeto indispensável para múltiplas civilizações.

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