Ogros en el folclore ancestral: los gigantes devoradores de la Europa Medieval

Os ogres no folclore antigo: os gigantes devoradores da Europa medieval

Descubra o legado dos ogres na tradição oral europeia. Dos mitos celtas aos contos ibéricos, estes gigantes devoradores simbolizam o medo ancestral do selvagem e do desconhecido.

Um passeio cultural sobre o ogre medieval e o seu papel como aviso moral nas lendas e contos populares.

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Quando a palavra "ogro" é mencionada, muitas pessoas pensam em figuras fictícias modernas; no entanto, os ogres têm raízes profundas no folclore europeu, muito antes dos contos de fadas recolhidos pelos Irmãos Grimm ou Perrault.
Estas criaturas não eram simplesmente gigantes desajeitados, mas personificações do medo coletivo da brutalidade, da selvajaria e da incontrolabilidade.

Neste artigo, exploramos as verdadeiras origens dos ogres, tal como são concebidos nos contos antigos, a sua evolução na tradição oral e o seu papel nas crenças populares.

Ogro

Ogros medievais: canibais e cruéis

Na Europa medieval, os ogres eram concebidos como gigantes grotescos com dentes enormes, força sobre-humana e brutalidade implacável. Viviam em lugares remotos, como florestas, montanhas ou castelos em ruínas, e eram conhecidos por raptar crianças ou viajantes para os devorar.

Estas criaturas aparecem em contos tradicionais do norte de Itália, França, Espanha e outras regiões. Eram descritos como humanoides deformados, por vezes com um único olho ou várias cabeças. Os seus temperamentos eram violentos, dominados pela ganância e pela estupidez.


Ogres e gigantes na mitologia celta e germânica

Embora o termo ogre seja mais recente, a sua essência já existia nos gigantes míticos da tradição celta e germânica.

Na mitologia irlandesa, os fomorianos eram seres gigantescos e deformados, símbolos de forças destrutivas.
Da mesma forma, os jötnar escandinavos — gigantes do gelo ou das montanhas — partilhavam características com os ogres: selvagens, inimigos dos deuses e habitantes das margens do mundo.
No mundo germânico, figuras como o ettins ou o riesen desempenhavam o mesmo papel arquetípico do ogre: um monstro brutal e colossal.

Fomorianos
(Fomorianos)

Contos populares e a figura do ogre como alerta

Durante a Idade Média e o Renascimento, os ogres eram utilizados como aviso moral nas histórias infantis. Representavam o perigo da desobediência ou do afastamento de casa.
Este uso moralizante surge em várias histórias, tais como:

• Em “Tom Thumb”, onde o ogre devora as suas próprias filhas por engano.
• Nas versões de “O Capuchinho Vermelho”, em que o lobo é substituído por um ogre.
• Nos contos espanhóis de Castela e Galiza, onde os ogres aparecem como gigantes canibais.

Estas histórias reforçavam as normas sociais através do medo do monstruoso.

O ogre ibérico: mitos do norte de Espanha

Na tradição oral do norte de Espanha, especialmente nas Astúrias, na Galiza e no País Basco, existem histórias sobre gigantes selvagens que se assemelham a ogres.

Nas Astúrias, o Pataricu é um ser gigantesco que devora os humanos, vive nas montanhas e ruge com uma voz estrondosa.
No País Basco, os Tártalos são gigantes proeminentes, de um só olho, pastores de gado e canibais. Vivem em cavernas, raptam pessoas e são derrotados com astúcia. Esta figura faz lembrar o Ciclope Polifemo e antecipa o ogre dos contos franceses.

jötnar
(Jotnar)

O ogre como metáfora do selvagem e do incivilizado

Para além da sua aparência literal, o ogre simbolizava o medo do externo. Num mundo limitado ao ambiente imediato, o desconhecido tornava-se facilmente monstruoso.

Em muitas culturas, os ogres eram vistos como humanos deformados ou amaldiçoados, até mesmo como nobres ou eremitas decaídos. Projetavam medos coletivos: guerra, doença, fome ou castigo divino.

O ogre como a sombra eterna do conto europeu

Os ogres do folclore não eram criaturas desajeitadas ou cativantes, mas sim monstros carregados de simbolismo. Personificavam a brutalidade, o medo do desconhecido e o castigo.
Eram temidos pela sua força e fome, mas também por refletirem os impulsos obscuros dos seres humanos.

Das montanhas do norte de Espanha aos contos franceses do século XVII, os ogres têm sido avisos vivos, lembrando-nos que a astúcia, a humildade e a coragem podem superar até o monstro mais temível.

Ettins
(Ettins)

Ogros, um eco sombrio do folclore europeu

Os ogres são figuras profundamente enraizadas no imaginário europeu. Representam o medo ancestral do selvagem, do excessivo e do descontrolado.
O seu aparecimento em histórias, mitos e lendas reflete uma necessidade humana de incorporar o perigo e explicar o inexplicável.

Com os seus corpos gigantescos e apetite voraz, são um espelho distorcido da humanidade.

Embora já não se escondam nas florestas, continuam vivos na tradição oral, como um símbolo eterno do medo coletivo.

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