Os vikings, conhecidos pelos seus ataques e explorações, deixaram também um legado material fascinante.
Ao longo dos séculos, foram descobertos diversos tesouros vikings em diferentes regiões, oferecendo uma visão única do seu mundo. As suas descobertas fornecem insights sobre a sua vida quotidiana, comércio e estratégias de sobrevivência na Europa medieval.
Abaixo estão algumas das descobertas mais significativas:
Tesouro de Galloway, Escócia (2014)
Em 2014, um tesouro viking com mais de 100 peças de ouro e prata, incluindo joias, moedas e objetos rituais, foi descoberto na região de Galloway, na Escócia.
Esta descoberta, conhecida como "Tesouro de Galloway", continua a ser uma das descobertas arqueológicas mais importantes do Reino Unido e ilustra o fascínio duradouro pela cultura viking.
Recentemente, foi decifrada uma inscrição rúnica numa das pulseiras, revelando uma mensagem que lança uma nova luz sobre as práticas culturais e rituais dos vikings na região.
Em 2024, o Galloway Treasure iniciou uma digressão internacional, levando a sua riqueza histórica e cultural da Escócia para a Austrália.
Tesouro de Cuerdale, Inglaterra (1840)
Descoberto em 1840 em Lancashire, Inglaterra, o Tesouro de Cuerdale é um dos maiores tesouros vikings encontrados até à data.
É composto por mais de 8.600 objetos, incluindo moedas de prata, lingotes e joias de diversas culturas, incluindo anglo-saxónica, carolíngia e islâmica.
Este tesouro reflete a extensa rede comercial dos Vikings, bem como a interação entre as diferentes culturas durante a Idade Média.
Tesouro do Vale de York, Inglaterra (2007)
Em 2007, um tesouro viking contendo 617 moedas de prata e 65 outros objetos foi descoberto perto de Harrogate, no norte de Inglaterra.
Conhecido como o Tesouro do Vale de York, é um dos mais importantes do Reino Unido desde o Tesouro de Cuerdale.
Os objetos encontrados oferecem uma visão detalhada das práticas económicas, sociais e comerciais dos vikings na região.
Tesouro de Bedale, Inglaterra (2017)
Em 2017, foi descoberto um tesouro viking em Bedale, North Yorkshire, incluindo moedas de prata e objetos de origem islâmica.
Esta descoberta demonstra que os vikings que se estabeleceram em Inglaterra mantiveram laços comerciais com o mundo islâmico, demonstrando a amplitude das suas rotas comerciais e a sua capacidade de adaptação a diversas culturas.
Descobertas vikings na América do Norte
Embora os vikings tenham chegado à América do Norte, especificamente a L’Anse aux Meadows, Terra Nova, Canadá, por volta de 1021, não foi encontrado nenhum tesouro enterrado como o que se verifica em Inglaterra ou na Escócia.
Foram aí encontrados restos de casas, ferramentas, objetos do quotidiano e evidências de povoamentos temporários, confirmando a sua presença sem indicar acumulações de ouro ou prata.
Tesouros que nos iluminam
Estas descobertas não só enriquecem o nosso conhecimento sobre a vida dos vikings, como também demonstram a sua capacidade de adaptação e de comércio com diversas culturas.
Os objectos encontrados nestes tesouros reflectem uma sociedade complexa, com redes comerciais que se estendiam para além da Escandinávia, incluindo a Europa Ocidental e rotas para o mundo islâmico.
Tesouros vikings enterrados oferecem informações inestimáveis sobre uma sociedade que, embora conhecida pelos seus ataques, era também capaz de estabelecer ligações culturais e comerciais com diversas regiões do mundo.
Cada descoberta acrescenta peças ao puzzle da história viking, permitindo-nos compreender melhor o seu legado, economia e impacto na história mundial.
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