Espadas medievales vikingas: el filo de una tradición guerrera

Espadas vikings medievais: o fio da tradição guerreira

Durante a Era Viking, a espada era muito mais do que um instrumento de guerra. Ela representava poder, linhagem, estatuto e uma profunda ligação com os deuses e os antepassados.

Neste artigo, exploramos a sua origem, evolução, tipologias e lugar na cultura escandinava, bem como os museus que hoje albergam alguns destes tesouros históricos.

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Ao longo dos séculos VIII a XI, estas armas foram melhoradas em termos de design, equilíbrio e qualidade. Influenciadas pelos modelos romanos e francos, as espadas vikings evoluíram para peças únicas, frequentemente decoradas com ouro, prata, bronze ou gravuras rúnicas para fins de proteção ou religiosos.

Do spatha ao aço nórdico:
a origem estrangeira de uma gema local

Embora as espadas vikings tenham desenvolvido um estilo distinto, as suas raízes estão nas espatas romanas tardias, que foram adaptadas pelos povos germânicos após a queda do Império.
Os vikings, comerciantes e invasores hábeis, cedo começaram a importar lâminas de excelente qualidade da Renânia. Estas lâminas eram forjadas em aço de carbono de elevada pureza, uma raridade para a época, e posteriormente montadas na Escandinávia com punhos e pomos tipicamente nórdicos.
Mais tarde, os ferreiros escandinavos aperfeiçoaram as suas próprias técnicas, incorporando desenhos originais e decorações cada vez mais elaboradas.

Espata romana com bainha, século III

Evolução e variedades:
arte e funcionalidade ao serviço do guerreiro

Embora todas as espadas vikings partilhassem certas características essenciais — como uma lâmina reta de dois gumes, um comprimento médio de quase um metro e um cabo curto para utilização com um escudo —, existiam diferenças estilísticas e funcionais claras.
A tipologia mais utilizada para os classificar é a do arqueólogo norueguês Jan Petersen, que catalogou mais de vinte tipos diferentes.

Entre os modelos mais representativos está o Tipo H, caracterizado por pomos lobados que se assemelham a coroas. O Tipo X, datado de cerca do século X, apresentava uma lâmina mais larga e estável, ideal para combate em campo aberto. Estas espadas eram leves, manobráveis ​​e concebidas tanto para corte como para estocada, embora a sua eficácia residisse principalmente no seu poderoso corte.

Algumas espadas eram tão valiosas que não se destinavam à batalha, mas sim a objetos cerimoniais ou funerários. Estas versões ornamentadas incluíam gravuras rúnicas, incrustações de metais preciosos e punhos revestidos de osso, marfim ou madeira esculpida. Frequentemente, recebiam nomes, eram transmitidas de geração em geração ou eram sepultadas ao lado dos seus donos como testemunho do seu poder em vida e do seu estatuto entre os deuses.

Espada Viking, Petersen Tipo L, Show Fighting, Categoria B, Vários Comprimentos

As espadas como símbolo espiritual, social e político

Para os escandinavos, uma espada podia incorporar a alma do guerreiro, representar a proteção dos deuses ou ser dotada de propriedades mágicas. Muitas lâminas incluíam runas gravadas para fins rituais, com a intenção de abençoar o portador ou amaldiçoar os seus inimigos.

Do ponto de vista social, o porte de espada elevava imediatamente a posição de um indivíduo. Era um sinal de liderança, respeito e a capacidade de oferecer proteção a um clã ou comunidade. Nas sagas islandesas, as espadas são descritas quase como seres vivos, com vontade e destino próprios, sendo frequentemente causa de disputas familiares ou heranças sagradas.

Ritualmente, era comum dobrar a lâmina antes de a colocar num túmulo, ato que simbolizava a sua passagem para o outro mundo e a libertação do espírito da arma. Este gesto marcava também o fim do ciclo guerreiro do defunto e a sua integração no Valhalla, ou nos salões dos seus antepassados.

Espada Viking com Bainha, Século X, Luta de Espetáculo, Categoria B

Espadas vikings preservadas em museus europeus

Apesar de já terem passado mais de mil anos, inúmeras espadas vikings sobreviveram até aos dias de hoje, principalmente por terem sido deixadas em túmulos e contextos rituais. Hoje, estas peças podem ser admiradas em museus por toda a Europa.

O Museu Nacional da Dinamarca, em Copenhaga, alberga uma das maiores coleções, com exemplos decorados e reconstituições que fornecem informações sobre a sua utilização em combate.
Na Suécia, o Historiska Museet em Estocolmo exibe espadas acompanhadas de jóias funerárias, reforçando o seu papel simbólico.
O Museu do Navio Viking em Oslo é particularmente famoso pelas suas descobertas em túmulos, onde foram encontradas espadas ao lado de navios e animais sacrificados.
Espadas descobertas durante escavações em York, a antiga capital do reino viking de Jórvik, podem ser vistas no Museu Britânico, em Londres.
A Irlanda também alberga espécimes importantes no Museu Nacional de Dublin, muitos dos quais são originários de povoações escandinavas ao longo das costas do país.

Estas peças oferecem uma visão fascinante não só da tecnologia militar viking, mas também dos seus valores sociais e visão do mundo.

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